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ADUFPel promove roda de conversa sobre o reuni digital
Na última quarta-feira (10), a ADUFPel recebeu com café e cuca, sindicalizados para uma roda de conversa com o objetivo de aprofundar o debate sobre o reuni digital. O encontro, que aconteceu na nova sede da seção sindical, contou com a participação de docentes de diversas unidades da UFPel, interessados em entender o novo projeto do Ministério da Educação (MEC).
A discussão levantou inúmeras contradições do programa, em especial o descaso com com a qualidade do ensino, indissociável da pesquisa e da extensão.
Utilizando como justificativa o cumprimento da meta 12 do Plano Nacional de Educação (PNE), para enfatizar a defesa do reuni digital, com o argumento da expansão das vagas, o MEC não explica de maneira elucidativa, como na prática a criação de uma universidade federal digital se daria e de que forma seria assegurada a qualidade do ensino nesse formato.
“Essa discussão se mostra muito importante, porque não é assegurada a qualidade da oferta de expansão. Essa desculpa de ampliação do ensino superior, que historicamente tem sido excludente e restrito não pode ser cumprida de qualquer modo, com prejuízo para as universidades plenas e o rebaixamento das exigências de uma educação superior qualificada, que a gente defende ser presencial”, afirma a presidenta da ADUFPel, Regiana Wille.
Segundo ela, existem razões muito claras para a rejeição do que foi apresentado até agora, pois nem mesmo os investimentos que serão feitos e como serão aplicados foram explicitados no plano, além disso, como docentes e discentes teriam acessibilidade nesse contexto, também não são evidenciados.
Para a dirigente, se concretizado, o programa vai resultar em uma espécie de telecurso, com a desculpa de que os estudantes que não conseguem frequentar presencialmente a universidade, teriam a oportunidade de estudar. Segundo ela, proporcionar o debate sobre o assunto não é se colocar contra a utilização das tecnologias e sim entender que elas podem colaborar com o conhecimento, desde que a autonomia e as especificidades de cada área e de cada curso sejam respeitadas, levando sempre em consideração o tripé da universidade, que é o ensino, a pesquisa e a extensão.
“Essa conversa foi bastante importante, nós vamos continuar debatendo, o ANDES-SN também tem trazido discussões sobre essa questão, isso não é uma novidade, o governo já começou a se mobilizar para instituir esse reuni digital lá em 2020, colocando essa experiência remota, que foi totalmente prejudicial para o ensino e aprendizagem como sendo mote para realização deste projeto, que visa nada mais nada menos que tornar a universidade estandardizada e também a abrir a possibilidade para grandes conglomerados poderem atuar dentro da universidade através de seus pacotes tecnológicos”, finaliza Regiana.
Assessoria ADUFPel
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