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Agosto Lilás alerta para alta de feminicídios e reforça papel dos homens no combate à violência
Brasil registrou recorde de assassinatos de mulheres em 2024; no RS, foram 36 feminicídios no primeiro semestre
O mês de agosto marca a campanha nacional de conscientização pelo fim da violência contra as mulheres, o “Agosto Lilás”. A data relembra a Lei Maria da Penha, sancionada em 7 de agosto de 2006, que transformou agressões antes tratadas como assunto privado em crimes graves, com medidas protetivas e atendimento especializado às vítimas.
Apesar dos avanços, os números seguem em alta. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o país registrou 1.492 feminicídios em 2024, o maior índice desde o início da série histórica, em 2015. No Rio Grande do Sul, de janeiro a junho deste ano, foram 36 feminicídios e 134 tentativas — incluindo o caso da Sexta-feira Santa, quando dez mulheres foram mortas em 24 horas.
Para Edegar Pretto, articulador nacional da Aliança He For She da ONU Mulheres, a maioria desses crimes é cometida por parceiros ou ex-parceiros e raramente ocorre de forma repentina. “A violência começa pela psicológica, passa pela patrimonial e depois pela física, fazendo parte de um ciclo que leva ao feminicídio”, afirma. Ele defende que o enfrentamento exige tanto políticas públicas quanto mudança cultural, com participação ativa dos homens. “Não basta não agredir. É preciso agir: interromper piadas machistas, não concordar com desrespeito e combater todo tipo de violência no dia a dia”, reforça.
Canais de denúncia
- Disque 180 – Central de Atendimento à Mulher, 24 horas, ligação gratuita e anônima.
- Disque 100 – Para denúncias de violação de direitos humanos.
- 190 – Emergências para Brigada Militar ou Polícia Militar.
Fonte: ONU Mulheres / Fórum Brasileiro de Segurança Pública
Imagem: Arquivo Edegar Pretto
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