Famílias relatam rotina escolar comprometida e cobram ação da Prefeitura

A falta de professores auxiliares e cuidadores nas escolas municipais de Pelotas voltou a ser denunciada pela Associação de Amigos, Mães e Pais de Autistas e Relacionados com Enfoque Holístico (AMPARHO). Em publicação feita na manhã desta quarta-feira (4) nas redes sociais, a associação retomou cartazes da caminhada realizada em abril de 2022 — que, segundo o grupo, seguem atuais diante da realidade enfrentada pelas famílias em 2025.

A situação, conforme a AMPARHO, não é nova: foi registrada em 2023, 2024 e persiste neste ano, sem avanços concretos. A associação denuncia que estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) seguem sem o suporte necessário nas escolas públicas municipais, impossibilitando a efetivação da inclusão escolar.

“Famílias adoecidas com seus filhos em casa sem escola, sem rotina, desorganizados. Professores adoecidos porque não conseguem atender esses alunos como gostariam. Isso é Pelotas em 2025”, destaca a entidade.

Inclusão escolar segue comprometida

Sem a presença de professores auxiliares e cuidadores, estudantes que necessitam de apoio individualizado estão fora da sala de aula ou têm suas necessidades desassistidas. A AMPARHO reforça que inclusão não é apenas garantir matrícula: é assegurar a presença e o aprendizado de todos os alunos, com as condições adequadas de apoio.

“Sem professor auxiliar, sem cuidador, a inclusão não acontece. Nossos filhos não são dados estatísticos. Eles têm direito de frequentar a escola e aprender, como todos os outros alunos”, afirma a associação.

Mobilização por mudanças

A entidade cobra ações imediatas da Prefeitura e da Secretaria Municipal de Educação (SMED) para garantir a contratação dos profissionais necessários. “Inclusão é direito, não é favor”, reforça a AMPARHO.

Fonte: AMPARHO

Imagem: Divulgação/AMPARHO