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Animais e o cenário pós enchentes em Pelotas

Animais e o cenário pós enchentes em Pelotas

Nos últimos dois anos, o projeto SOS Animais tem realizado importantes avanços no controle populacional de animais, destacando-se pela realização de 8.100 castrações, com uma média de 4.050 procedimentos anuais. Este esforço contínuo é parte de uma estratégia a longo prazo para estabilizar a população de cães, um processo que necessita de, pelo menos, cinco anos para mostrar resultados significativos.

Atualmente, a cidade enfrenta o desafio de abrigar mais de 800 cães distribuídos em quatro abrigos municipais, além de um total de aproximadamente 1.700 animais acolhidos em abrigos públicos e privados durante as recentes enchentes.

Lorena Coll, uma das principais coordenadoras do projeto SOS Animais, explica que eles têm um prazo legal, estipulado pelo Ministério Público, para aguardar até o dia 11 de junho para que os tutores possam buscar seus animais. Após esse prazo, será feito um levantamento oficial dos animais que permaneceram, dando início a uma nova fase de castração e campanhas de adoção.

Lorena detalha o planejamento para a próxima fase, que inicia um novo ciclo de castrações no município financiado por uma verba federal de R$ 180.000,00. Originalmente destinada à compra de medicamentos e vacinas, essa verba foi redirecionada graças às doações arrecadadas através de campanhas solidárias, garantindo a estocagem desses insumos. "Já definimos os próximos passos em uma reunião com o Secretário de Qualidade Ambiental. Estamos empenhados em garantir que todo o processo seja realizado com o máximo de cuidado e eficiência", comenta Lorena.
Dois meses após o levantamento e a castração dos animais, será organizada uma feira de adoção para os cães que ficaram nos abrigos devido às enchentes. Esta ação visa encontrar novos lares para os animais, contribuindo para a redução da superlotação dos abrigos.

A busca ativa por animais nos abrigos funciona de forma cuidadosa. Cada animal foi cadastrado ao chegar, com informações sobre o local onde foi encontrado, além do nome e número dos tutores quando disponíveis. Isso facilita o processo de reencontro dos animais com seus donos e garante um controle sobre cada caso.
O projeto também está em busca de voluntários para auxiliar nos abrigos, uma vez que a demanda por cuidados e atenção ainda é constante. Para aqueles que desejam contribuir com doações, elas podem ser feitas na Casa do Trabalhador na Rua Santa Cruz ou diretamente no abrigo da Rural. As principais necessidades de doação são papelão, jornal, produtos de limpeza e luvas. Essas contribuições são fundamentais para garantir o bem-estar dos animais e o bom funcionamento dos abrigos, especialmente durante este período desafiador. A colaboração da comunidade é essencial para o sucesso contínuo do projeto e para proporcionar um ambiente seguro e saudável para os animais acolhidos.

Redação: Luísa Brito
Foto: Juliano Lima

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