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Boicote como estratégia na luta antissionista

Boicote como estratégia na luta antissionista

O Contraponto desta terça-feira (30) recebeu José Genoino, ex-presidente nacional do Partido dos Trabalhadores e militante político. Genoino falou sobre as acusações de antissemitismo direcionadas a ele após entrevista ao DCM TV, onde comentou que seria cabível um boicote a empresas que financiam o Estado de Israel. O uso do termo “empresas de judeus” tomou grande repercussão, e o ex-deputado federal esclareceu seu posicionamento para a RádioCom.

Ao comentar a fala na entrevista concedida ao Diário do Centro do Mundo, José Genoino afirmou que houve o “uso de um termo equivocado”, que foi retirado de contexto para lhe colocar em uma posição negativa. Ele afirmou que a fala dizia respeito a empresas diretamente ligadas ao governo de Benjamin Netanyahu, e não a qualquer empresa administrada por judeus. 

Em relação à defesa do boicote como medida de enfrentamento ao genocídio do povo palestino, o ex-deputado apontou a diferença entre as iniciativas isoladas de cidadãos que optam por não consumir determinadas marcas e a ação do boicote no campo da política internacional, citando exemplos de experiências históricas onde esta estratégia foi utilizada.

“A política de boicote tem sua maior efetividade em questões que envolvem os governos, as instituições de poder. O que está discutido graças a experiência da África do Sul durante o Apartheid é um movimento pacífico contra a ocupação militar. Não é um movimento violento. É pacífico no plano acadêmico, cultural e social”, disse Genoino.

Por fim, ele afirmou que sua posição é de “solidariedade ao povo palestino com base nos princípios da autodeterminação e da soberania”, e que “se opor ao governo israelense não é ser antissemita”. Genoino também comentou a atual conjuntura política nacional e os escândalos envolvendo a ABIN.

A entrevista completa você pode conferir em nosso canal no Youtube.


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