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Brigada Militar do Rio Grande do Sul inicia uso de câmeras corporais

Brigada Militar do Rio Grande do Sul inicia uso de câmeras corporais

Primeiro lote, com 300 equipamentos, foi entregue na última segunda (30) em Porto Alegre


A Brigada Militar do Rio Grande do Sul deu início ao uso de câmeras corporais nesta terça-feira (1º). O primeiro lote, com 300 equipamentos, foi entregue na segunda-feira (30) ao Comando de Policiamento da Capital (CPC), responsável pelas operações em Porto Alegre.

A entrega dos equipamentos ocorreu em uma solenidade, com a presença do governador Eduardo Leite (PSDB). O ato também marcou a inauguração do Centro de Operações da Brigada Militar (Copom) e a entrega de mil armas não letais à corporação.

Os investimentos em segurança foram uma parceria entre o governo do estado e o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS). Foram investidos R$ 13,7 milhões para as câmeras corporais e o armamento; e R$ 1,3 milhão do TJRS para o novo Copom.

A tecnologia deverá ser implementada de forma gradual. A primeira turma a receber as câmeras foi do 9º BPM, responsável pelo policiamento na área central da cidade, onde aproximadamente 400 mil pessoas circulam diariamente. A expectativa é de que até o início de dezembro todos os mais de 2 mil agentes do CPC estejam equipados com os dispositivos.

Esse é o primeiro lote com 300 câmeras de um total de mil equipamentos, com investimento anunciado de mais de R$ 7 milhões. O projeto experimental será destinado ao Departamento de Ensino, para treinamento dos novos policiais até o final do ano.

O número total de equipamentos adquiridos deve somar 1,1 mil câmeras. Destas, mil serão destinadas para a BM. As outras 100 peças vão ser de uso da Polícia Civil, mas ainda não há data estimada para o começo do projeto na instituição. Também não há estimativa de distribuição da tecnologia às forças de seguranças de outras cidades do estado.


Como funcionam as câmeras

O policial não precisa iniciar a gravação – ela começa imediatamente após a coleta do equipamento de sua base de carregamento e só encerra a gravação quando volta a ser conectada para recarregar a bateria, que tem duração de 12 horas.

A câmera fica afixada no fardamento, na região central do tórax, e o policial não consegue desligar o equipamento. A câmera poderá ser retirada apenas quando o agente for ao banheiro, quando for se alimentar ou quando precisar participar de alguma reunião interna.

As imagens podem ser acessadas remotamente pela central de comando e controle, com acompanhamento em tempo real. O sistema que controla os equipamentos conta com georreferenciamento e registro de horário, e mais de uma câmera pode ser comparada simultaneamente para análise.

Na entrada do turno de serviço, o policial utiliza a câmera que está designada para ele. O agente acessa o equipamento pelo número de sua identificação funcional (ID), no qual ficarão gravados todos os registros do turno operacional.

A gravação de rotina é registrada em baixa resolução (480p) e sem áudio. Na gravação de ocorrências, o policial acionará um botão para gravação em alta resolução (720p) e com áudio. Este recurso também pode ser acionado à distância, caso o policial não tenha tempo hábil de ativá-lo.

As gravações no modo intencional ficam armazenadas na nuvem por um ano. Já as imagens de rotina, quando supostamente não está sendo atendida nenhuma ocorrência, por 90 dias.

A câmera conta com tecnologia de estabilização de imagem, que reduz o impacto de movimentos bruscos, garantindo que as gravações permaneçam claras e estáveis, mesmo em situações de alta intensidade.

Apenas dois órgãos terão acesso aos vídeos das câmeras: a Corregedoria, que fornecerá imagens em caso de solicitações judiciais, e a Comunicação Social, que disponibilizará imagens de eventos e ações da corporação.


Texto de: Brasil de Fato

Imagem: Divulgação Governo do RS e BPM/Maurício Tonetto - Secom


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