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Centrais sindicais aprovam documento com 35 propostas aos candidatos nas eleições

Centrais sindicais aprovam documento com 35 propostas aos candidatos nas eleições

Representantes das principais centrais sindicais aprovaram nesta quinta-feira (7) uma pauta unificada para ser levada aos candidatos nas eleições gerais deste ano. O documento, com 35 propostas, foi aprovado durante a Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), e será apresentado aos postulantes à Presidência da República e a candidatos a vagas na Câmara e no Senado

O evento, realizado na região central de São Paulo, foi convocado por dez entidades: Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Central Sindical e Popular Conlutas (CSP-Conlutas), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Intersindical Central, Intersindical Instrumento de Luta, Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Pública Central do Servidor e União Geral dos Trabalhadores (UGT).

Cerca de 500 lideranças sindicais participaram dos debates. Ainda no contexto das eleições, o evento deixou claro que as centrais pretendem aumentar a representação de parlamentares ligados a trabalhadores e sindicatos no Congresso Nacional.

"O que nos une é a consciência de que o momento que o Brasil vive é muito, muito grave. Nós vamos viver sete meses até eleição que é a eleição da nossa vida, que vai definir o que vai ser o Brasil nos próximos 20 anos. E nós precisamos derrotar o fascismo e recolocar o nosso país no caminho do crescimento, do desenvolvimento, recuperar a soberania. Não vai ser fácil", disse Sérgio Nobre, presidente da (CUT).

"Se vencer as eleições e derrotar o fascismo será um grande desafio, também será um enorme desafio os quatro anos que se seguirão. Para recuperar os direitos que foram perdidos e fazer esse país voltar a crescer, nós vamos ter que comprar muita briga nesse país e vamos precisar de todo mundo junto nessa construção", complementou.

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"Encruzilhada histórica"

O documento aprovado nesta quinta-feira tem propostas que, segundo as centrais, "espelham o modelo de desenvolvimento necessário para o Brasil gerar empregos de qualidade, crescimento dos salários, proteção dos direitos trabalhistas, combate às desigualdades, proteções sociais e previdenciárias, a defesa da democracia, da soberania e da vida".

O texto tem propostas em três grandes temas: medidas emergenciais para garantia de empregos, direitos, democracia e a vida; medidas estruturais para garantia de direitos trabalhistas, previdenciários e sindicais; e estratégia de desenvolvimento com redução das desigualdades.

Entre as principais medidas cobradas pelos sindicalistas estão as revogações da reforma trabalhista e da reforma da Previdência, aprovadas nos governos dos presidentes Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), respectivamente.

"Nós estamos diante de uma encruzilhada histórica. E o ano de 2022 é para a gente definir o caminho, o rumo. Se nós vamos continuar reféns dessa barbárie neofascista, ou se nós vamos indicar um caminho que permita ao nosso povo um olhar diferente de construção da nação, de crescimento do PIB, de geração de emprego e renda", afirmou Adilson Araújo, presidente da Central de Trabalhadores do Brasil.

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A primeira edição da Conclat ocorreu em 1981, em Praia Grande (SP), ainda durante a ditadura. Em 2010, parte das centrais organizou uma reedição no estádio do Pacaembu, em São Paulo. Em 2022, os mestres de cerimônia do Conclat foram o rapper Gog e a cantora Ellen Oléria.

A mesa de abertura contou com Adilson Araújo (presidente da CTB); Antonio Neto (presidente da CSB); Atnágoras Lopes (secretário-geral da CSP-Conlutas); Edson Carneiro Índio (secretário-geral da Intersindical Central); Emanuel Melato (da coordenação da Intersindical Instrumento de Luta); José Gozze (presidente da Pública); Miguel Torres (presidente da Força Sindical); Oswaldo Augusto de Barros (presidente da NCST); Ricardo Patah (presidente da UGT); e Sérgio Nobre (presidente da CUT).

https://www.youtube.com/watch?v=FPW8E25H0BI

Edição: Felipe Mendes/Brasil de Fato


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