Mais Recentes :

Comissão de combate ao racismo da UFRGS elege representantes e dá prioridade ao caso Álvaro Hauschild

Comissão de combate ao racismo da UFRGS elege representantes e dá prioridade ao caso Álvaro Hauschild

A comissão especial de combate ao racismo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), criada a partir de deliberação do Conselho Universitário (Consun) da instituição, se reuniu na última sexta-feira, dia 21, para eleger seus representantes.

A técnica-administrativa Tamyres Filgueira, que também é coordenadora-geral do Sindicato dos Técnico-administrativos da UFRGS (Assufrgs) e coordenadora-adjunta do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros, Indígenas e Africanos da UFRGS (Neab-UFRGS), foi escolhida como presidenta da comissão. O estudante Ítalo Pereira, membro do Diretório Central dos Estudantes (DCE), assume o posto de vice-presidente. Demais membros são as docentes Maria Luiza Saraiva Pereira e Ana Paula Motta Costa, o técnico Rafael Berbigier de Bortoli e o estudante Patrick Veiga da Silva.

"A comissão especial vai cumprir um papel importante. Queremos ouvir as demandas das comunidades e fazer um amplo debate sobre a melhor ferramenta de combate ao racismo na UFRGS para que casos como o do neonazista Álvaro não fiquem impunes", ressalta Tamyres.

Para dar celeridade ao caso do doutorando Álvaro Hauschild, a comissão solicitará reunião com as direções do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) e do Núcleo de Assuntos Disciplinares (NAD). Hauschild, que já tinha antecedentes criminais antes de ganhar destaque nacional pelas mensagens preconceituosas voltadas ao estudante negro Sérgio Renato da Silva Júnior, foi indiciado pela Polícia Civil pelo crime de racismo qualificado.

“Ele discriminou todo um grupo de pessoas, vários, na verdade. Ele foi homofóbico, transfóbico, antissemita e misógino. Ele tem publicações de toda natureza e realmente acredita na superioridade de uma raça sobre outras", disse a delegada Andréa Mattos ao jornal O Globo. Hauschild questiona, por exemplo, se há provas do Holocausto e do extermínio de 6 milhões de judeus na Alemanha nazista.

“Precisamos fortalecer a luta antirracista e deixar nítido que a UFRGS não tolera o preconceito. É inadmissível tanta morosidade para a resolução de um caso gritante de ato criminoso”, acrescenta Tamyres.

Foto: Douglas Roehrs

Fonte: Comissão especial de combate ao racismo da UFRGS


0 comentários

Adicionar Comentário

Anunciantes

Envie sua notícia