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Comissão de Saúde realiza reunião pública marcada por denúncias de violência política de gênero
Na noite de segunda-feira (10), a Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Pelotas realizou a primeira reunião pública de 2025. O encontro teve como objetivo debater os principais desafios da saúde pública do município, por iniciativa dos vereadores Rafael Amaral (PP), presidente da Comissão, e Junior Fox (PL).
A secretária municipal de Saúde, Ângela Vitória, esteve presente e apresentou um diagnóstico da situação herdada da gestão anterior. “É importantíssimo disseminar as informações sobre a saúde em toda a cidade, para que todos os cidadãos tenham acesso”, afirmou.
Expectativas para o planejamento da saúde
Durante o debate, o vereador Rafael Amaral destacou a importância do planejamento estratégico do Executivo para os próximos passos da área da saúde. “Saúde é planejamento e saber lidar com os números, mas antes de tudo é gostar de pessoas. Estamos nesse caminho, tentando revolucionar a saúde de Pelotas e região”, afirmou.
O plenário estava lotado, com ampla participação popular e presença de diversos parlamentares: Jurandir Silva (PSOL), Fernanda Miranda (PSOL), Cauê Fuhro Souto (PV), Marcelo Bagé (PL), Cesár Brizolara (PSB), Michel Promove (PP), Arthur Halal (PP), Ivan Duarte (PT), Ronaldo Quadrado (PT), Marcos Ferreira (UB), Tauã Ney (PSDB), Eder Blank (PSD) e Daniel Fonseca (PSD).
Vereadora denuncia atos de violência política de gênero durante a audiência da comissão
Após a reunião, a vereadora Fernanda Miranda (PSOL) usou suas redes sociais para denunciar episódios de violência política de gênero ocorridos durante o encontro. Segundo ela, a secretária Ângela Vitória e sua equipe, composta majoritariamente por mulheres, foram alvos de hostilidade, provocações e ataques disfarçados de críticas em tom polido.
A coordenadora da Rede de Atenção Psicossocial, professora Luciane Kantorski, também foi alvo de desrespeito ao se manifestar contra o clima hostil da reunião. Conforme relato de Fernanda, a profissional foi chamada de “descontrolada” e teve sua capacidade técnica questionada por parlamentares do sexo masculino, mesmo sendo uma referência internacional na área da saúde mental.
Fernanda Miranda relacionou o episódio a uma estrutura de poder ainda predominantemente masculina, onde práticas sutis de violência de gênero seguem operando. “Basta de violência política de gênero!”, declarou a vereadora, em apoio às servidoras públicas presentes.
*Com informações da Câmara Municipal de Pelotas e redes sociais da vereadora Fernanda Miranda
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