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Comunidade da Zona Leste de Porto Alegre protesta por mais médicos e estrutura em UBS
Manifestantes cobraram mais médicos e profissionais de saúde para atender a população nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do bairro São José, na Zona Leste de Porto Alegre. O protesto, realizado na tarde desta terça-feira (24) em frente à UBS Vila Vargas, foi organizado pelo grupo de mulheres Vidas de Luz Paulina C. Mendes.
A coordenadora do grupo, Rosa Helena Cavalheiro, afirma que pacientes que procuram as UBS Vila Vargas, Ernesto Araújo e Morro da Cruz, que atendem a comunidade da região, têm dificuldade em conseguir médicos. Segundo Rosa, quando um médico é disponibilizado para o local, ele fica pouco tempo e logo é substituido. "Fica um rodízio, não tem tempo de conhecer os pacientes e a comunidade", afirma.
Além dessa reivindicação, a comunidade deseja a construção de mais uma UBS na região. Segundo Rosa, essa atitude ajudaria a amenizar a quantidade de atendimentos da Unidade Vila Vargas, que recebe a demanda de aproximadamente 16 mil pessoas atualmente.
Na tarde em que se desenrolou a manifestação, uma das usuárias dos serviços da Unidade compareceu ao posto para fazer uma consulta, mas não pode ser atendida pela falta de médicos. Foi a segunda vez que teve a consulta remarcada.
A reportagem do BdF RS entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre, questionando sobre as reivindicações da comunidade. Até a publicação desta matéria, ainda não havia sido encaminhada resposta. Caso sejam respondidos os questionamentos, serão incluídos aqui.
Protesto teve feira organizada por moradores
Além da manifestação, o grupo de mulheres também organizou uma feira, com produtos dos moradores locais, para serem comercializados durante a tarde em que aconteceu o protesto. Segundo Rosa Helena, a feira será feita mensalmente, com o intuito de promover as famílias que estão em dificuldades financeiras, sem conseguir empregos formais ou informais.
"Aqui estamos perto, a comunidade é conhecida, sabe quem é que faz o pano de prato, o doce, o café. A feira é para fazer com que essas pessoas não só vendam, mas se sintam também dentro de um processo. Muitas estão passando por problemas psicológicos, por falta de saúde mental dentro das unidades de saúde", explica Rosa Helena.
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Edição: Marcelo Ferreira
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