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Contraponto: Niara de Oliveira fala sobre violência contra a mulher, critica atuação das instituições e convoca para ato unificado neste sábado

Contraponto: Niara de Oliveira fala sobre violência contra a mulher, critica atuação das instituições e convoca para ato unificado neste sábado

No Contraponto desta sexta-feira (24), a jornalista e integrante da Frente Feminista 8M Pelotas Niara de Oliveira fez o chamamento da população pelotense para o ato realizado no próximo sábado, dia internacional de luta contra a violência sobre a mulher. O movimento faz parte da mobilização “21 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra a Mulher”, iniciado na última segunda-feira com a realização de uma plenária do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Pelotas (COMDIM).

Contando com atividades carregadas de simbolismos no combate à cultura da misoginia, a movimentação se inicia pela manhã, às 11h, em volta do Chafariz do Calçadão, onde serão recordadas as 90 mulheres assassinadas em crimes de feminicídio no estado em 2023, sendo 5 delas na cidade de Pelotas. Às 13h, uma caminhada será realizada até o largo do Mercado Público, onde acontece a “Exposição dos Sapatos Vazios: Onde estão elas?”. Niara destacou que esta exposição já é um formato conhecido mundialmente, tendo se iniciado na Espanha. “Fica essa pergunta no ar: Onde estão as donas desses sapatos que não estão mais calçados?”, indagou a jornalista. Fechando a programação, uma “Roda de Autocuidado” será promovida às 15h, também no Mercado.

Ao tratar do papel das instituições na luta pelas mulheres, Niara apontou diversas falhas no atendimento às mulheres vítimas de violência, como por exemplo o não funcionamento das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM) nos finais de semana. Com isso, a alternativa é o atendimento comum, que conta com diversos fatores que dificultam denúncias. “Se já é difícil para uma mulher fazer a denúncia e ir até a DEAM para ser atendida por mulheres, imagina em uma delegacia comum (...). O projeto das DEAMs vem justamente dessa dificuldade das vítimas de se expôr para homens, porque o julgamento está alí”.

“Pulamos de uma morte por feminicídio em 2022 para cinco em 2023 e o ano ainda nem acabou. Estamos falando e enxergando que as políticas públicas de enfrentamento à violência contra a mulher em Pelotas estão falhando”, afirmou Niara.

Texto: Luis Collat



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