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CPERS contestará na justiça desconto do vale-transporte e reivindicará indenização de gastos na pandemia
Na tarde desta quinta-feira (28), no Dia do Servidor Público, uma comitiva da direção do CPERS reuniu-se com representantes da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) para tratar dos descontos nos contracheques da categoria.
Na presença do sub- secretário do Tesouro, Bruno Jatene e da diretora do departamento de Recursos Humanos da Secretaria Estadual da Educação (Seduc), Cleusa Flesch, a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, comunicou que o sindicato contestará na justiça o desconto do auxílio transporte de 2020.
“Sobre os descontos de 2020, os professores receberam seus salários e gastaram com suas despesas, além de diversos funcionários que sempre estiveram presencialmente nas escolas. Nós não aceitaremos os descontos no auxílio transporte, sendo prejudicados mais uma vez pela devido a falta de atenção do governo. Vamos contestar na justiça”, afirmou Helenir.
Jatene disse que levará a posição do sindicato para a instância política.
Helenir também apresentou a reivindicação de indenização dos gastos que os educadores tiveram com o teletrabalho, durante a pandemia.
A direção do sindicato já solicitou audiência com a secretária de educação, Raquel Teixeira, para apresentar o pedido de pagamento de indenização aos educadores que precisaram tirar dinheiro do próprio bolso para investir em equipamentos que possibilitassem a realização das aulas online, durante a pandemia. Além de gastos com luz, água e internet e jornada de trabalho ampliada não remunerada.
“Também temos as horas extras deste período. Queremos discutir de que forma o governo vai pagar essa indenização. Outros estados como o Rio de Janeiro já aplicaram iniciativas como esta. Segundo dados do DIEESE, o Estado economizou pelo menos 122 milhões com diversas rubricas de folha de pagamento, durante a pandemia, enquanto o trabalhador teve aumento dos gastos. relatou.
Pesquisa da FGV sobre o custo do Home Office apurou que 35% das despesas no orçamento familiar sofreram impacto com o trabalho
remoto, ficando 25% mais caras em 2020.
Raphael Chlaem, da assessoria jurídica do CPERS, destacou que os prejuízos vão se acumulando na vida da categoria. “E agora, com aulas presenciais, os educadores indo para as escolas, gastando vale-transporte, terão descontos?”, questionou.
Cleusa afirmou que irá solicitar que a secretária Raquel que receba o CPERS para debater a questão.
Também participaram da reunião, os diretores do CPERS, Amauri Pereira da Rosa e Vera Lêsses, a coordenadora do Serviço de Atendimento ao Sócio do CPERS, Rejane Maria Pereira, os técnicos do Tesouro, Luiz Henrique Siqueira e Delmiro Marquezotti e o representante da chefia da divisão de gestão da folha de pagamento, Bruno Mallmann.
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