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Edição da Manhã: audiência pública debate desafios da educação em Pelotas para 2025
A vereadora Fernanda Miranda (PSOL), presidente da Comissão de Educação da Câmara de Vereadores de Pelotas, participou do programa Edição da Manhã nesta quarta-feira (27). Durante a entrevista, ela comentou sobre a audiência pública realizada no dia anterior, no plenário da Câmara Municipal, para discutir os desafios da educação no município em 2025.
Diagnóstico da rede municipal
A audiência reuniu cerca de 300 pessoas e abordou diversos problemas estruturais e de gestão na educação municipal. Fernanda destacou que a falta de estrutura nas escolas é um problema recorrente, mencionando questões como a precariedade elétrica e a carência de profissionais. “Temos escolas que sequer possuem eletricistas para resolver problemas básicos. A infraestrutura escolar está muito comprometida”, alertou.
Outro ponto abordado foi a valorização dos profissionais da educação. Segundo Fernanda, categorias como merendeiras e auxiliares de educação infantil enfrentam baixos salários e condições insalubres de trabalho. Durante a audiência, uma merendeira relatou que prepara refeições para 600 alunos sozinha, sem receber adicional de insalubridade e com uma carga horária extenuante.
Condições climáticas e impacto na educação
A vereadora também ressaltou os impactos das altas temperaturas na rotina escolar. Muitas escolas não possuem ventiladores ou ar-condicionado suficientes para garantir um ambiente adequado para alunos e professores. A Secretaria Municipal de Educação (SME) liberou um memorando permitindo que as escolas decidam sobre a liberação dos alunos em dias de calor intenso. “Não é apenas uma questão estrutural, mas também de acesso. Muitas crianças caminham longas distâncias sob sol forte para chegar à escola”, afirmou.
Falta de profissionais e a necessidade de concurso público
A defasagem de profissionais foi um dos temas centrais da audiência. Fernanda cobrou a realização de um novo concurso público para suprir a demanda por professores e demais trabalhadores da educação. Ela alertou que a dependência de contratos emergenciais precariza ainda mais o setor e compromete a qualidade do ensino.
Encaminhamentos da audiência
Como resultado da audiência, a Comissão de Educação planeja realizar novas reuniões nas comunidades escolares para ouvir diretamente as demandas locais. A primeira audiência descentralizada ocorrerá na zona rural de Pelotas, em local a ser definido. Além disso, estão previstas reuniões específicas com categorias profissionais, como as merendeiras, para discutir soluções concretas para as condições de trabalho.
Outro encaminhamento importante foi a cobrança de um protocolo oficial para situações de crise, especialmente diante de condições climáticas extremas, que afetam diretamente a rotina escolar.
Confira a entrevista completa no canal da RádioCom Pelotas no YouTube.
Texto de: Redação
Imagem: Leonardo Cardoso/RádioCom
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