Pelotas se prepara para um Dia do Trabalhador histórico, com um evento que promete unir celebração, cultura e reivindicação em frente à Casa do Trabalhador. Nesta quinta-feira, a partir das 15h, trabalhadores e trabalhadoras da cidade serão recepcionados com shows musicais, espaço para crianças, comida e, acima de tudo, um chamado à mobilização coletiva por direitos. A festa marca também os 80 anos da Casa do Trabalhador - símbolo da luta sindical na cidade.

A iniciativa foi detalhada por Simone Goulart, presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Turismo e Hospitalidade de Pelotas (SintraturhPEL), durante entrevista ao programa Edição da Manhã, da RádioCom Pelotas. Simone integra a comissão organizadora do evento, que neste ano se destaca pela união inédita de todas as centrais sindicais da cidade.

Evento unificado reúne centrais e sindicatos

Segundo Simone, a construção do evento foi possível graças à articulação entre sindicatos e centrais, que se reúnem semanalmente para debater ações coletivas. “É uma satisfação enorme. Conseguimos juntar todas as centrais sindicais para esse grande evento. Isso mostra que estamos unidos em prol dos trabalhadores”, destacou.

A atividade contará com a presença dos sindicatos dos bancários, da construção civil, dos rodoviários, da alimentação, gráficos, entre outros. A expectativa é receber um grande público, reforçando o vínculo entre trabalhadores e suas entidades representativas. “É uma grande oportunidade para aproximar os sindicatos das famílias trabalhadoras”, afirmou.

Simone ressaltou ainda a força das mulheres no movimento sindical. “Cada vez mais mulheres estão aparecendo e vão aparecer. Lutamos para isso.”

Atrações culturais e pautas de luta

A programação cultural inclui apresentações de Leu Kalunga, banda R.A.M. e da artista Xana Gallo, que encerrará o evento com um carnaval popular em frente à Casa do Trabalhador. Também haverá brinquedos para as crianças e oferta de comidas típicas, garantindo um ambiente de acolhimento e celebração.

Mas Simone fez questão de lembrar: “O primeiro de maio é uma data de luta. Vamos sim comemorar, mas sem esquecer nossas bandeiras.” Entre as principais reivindicações destacadas estão: isenção do imposto de renda para quem ganha até R$5 mil, taxação dos super ricos, redução da jornada de trabalho e fim da escala 6x1.

“Se o trabalhador soubesse a força que tem, a gente se unia cada vez mais”, afirmou. A mobilização inclui também apoio ao projeto de lei 5x2, que propõe cinco dias de trabalho e dois de folga remunerada.

Unidade sindical como diferencial

Para Simone, a união entre as centrais sindicais é um feito marcante. “É algo único. Um evento que mostra o fortalecimento das nossas entidades e a importância de o trabalhador saber que a entidade está de pé graças a ele”, disse.

A dirigente também destacou o envolvimento coletivo na organização, com diversas frentes atuando por meio de grupos de WhatsApp e divisão de tarefas. “Estamos fazendo tudo com muito carinho. Espero que a população participe.”

Serviço

Local: Rua Santa Cruz, 2454 – em frente à Casa do Trabalhador, Pelotas

Descrição: Evento gratuito com apresentações musicais (Leu Kalunga, banda R.A.M., Xana Gallo), brinquedos infantis, comidas e atividades culturais. Encontro aberto ao público, com participação das principais centrais sindicais e dezenas de sindicatos.

Gratuito: Sim

Confira a entrevista completa no canal da RádioCom Pelotas no YouTube.