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Edição da Manhã: Milton Martins fala dos transtornos causados por chuva
Na manhã desta sexta-feira, 28, o programa Edição da Manhã recebeu o secretário municipal de Defesa Civil de Pelotas, Milton Martins, para comentar os transtornos provocados pela chuva forte que atingiu a cidade na tarde de quinta-feira (27). A entrevista abordou os impactos do temporal, as ações emergenciais em andamento e os desafios enfrentados pela gestão atual diante das recorrentes situações de alagamento.
Chuva intensa em curto período colapsou sistema de drenagem
De acordo com o secretário, a chuva foi rápida e intensa, acumulando mais de 50 milímetros em cerca de uma hora e meia em pontos como o centro, a zona norte e o bairro Areal. No Fragata, o volume foi menor, com aproximadamente 30 milímetros. A intensidade do temporal provocou alagamentos em diferentes regiões e expôs a fragilidade da infraestrutura urbana.
“Choveu muito em pouco tempo. Não é desculpa, mas é um desafio, especialmente considerando a herança de uma cidade que, ao longo do tempo, não teve serviços de manutenção qualificados”, afirmou Martins. Apesar disso, o secretário destacou que houve avanços na resposta emergencial, com rápida drenagem das águas após o pico da chuva.
Governo busca resposta rápida e prevenção a longo prazo
Martins destacou que a atual gestão, com apenas três meses, já enfrentou diversos eventos climáticos, como granizo, ventanias e incêndios. A previsão é de mais chuvas fortes nos próximos dias, o que exige planejamento e mobilização constante. Segundo ele, ações de prevenção estrutural ainda estão em fase de projeto, mas a administração está focada em respostas imediatas.
“As obras de prevenção ainda estão nas pranchetas. Por isso, o que podemos fazer agora é planejamento de ação, mobilização do governo e melhoria nas respostas imediatas, como limpeza de canais, conferência de comportas e funcionamento das casas de bombas”, explicou.
Construções irregulares e drenagem comprometida
Um dos fatores apontados para o agravamento das inundações são as construções em áreas úmidas e intervenções que comprometem a vazão dos canais. O secretário citou como exemplo uma obra na rua Argolo, próxima ao Village Center, que teria reduzido a vazão do canal naquela região.
“Não adianta fazer empreendimentos que prejudiquem a drenagem, porque isso afeta até os próprios negócios. Temos que trabalhar juntos para qualificar a cidade sem comprometer o funcionamento do sistema de escoamento das águas”, destacou Martins.
Ele também mencionou pontos críticos que voltaram a apresentar alagamentos mesmo após intervenções feitas no passado, como as ruas Tiradentes com Osório, Bento Gonçalves e General Osório nas imediações da Pinto Martins.
Áreas mais afetadas e próximos passos
O secretário identificou áreas historicamente vulneráveis, como o entorno do estádio Bento Freitas e o Aterro, que dependem de casas de bombas que hoje não dão conta do volume de água. Segundo ele, o Sanep já está trabalhando em projetos de ampliação e melhorias.
“Nós não estamos negligenciando. O governo está mobilizado. Mas quem viveu os últimos anos sabe: os serviços deixaram a desejar e precisamos correr para recuperar o que foi perdido”, concluiu.
Confira a entrevista completa no canal da RádioCom Pelotas no YouTube.
Imagem: Ederson Avila/Tribuna Pelotense
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