Pelotas, cidade do sul do Brasil, vive novamente um capítulo preocupante de sua história, enfrentando uma enchente que ultrapassa o nível histórico registrado em 1941. Desde o último sábado (25), as chuvas intensas têm se mostrado o principal fator agravante, dificultando o escoamento das águas pelo canal São Gonçalo.

Na noite de domingo, 26 de maio, o Canal São Gonçalo alcançou níveis alarmantes, com quatro recordes de altura sendo registrados em intervalos curtos de tempo. Às 11h, os sensores marcaram 3,03 metros; às 15h, subiu para 3,04 metros; às 18h, e às 21h12 alcançou-se a última marca histórica de 3,06 metros.

Relembrando que há aproximadamente um mês, as chuvas começaram a afetar o Rio Grande do Sul. As cidades do Extremo-Sul, como São Lourenço do Sul, Rio Grande e Pelotas, estão constantemente em estado de alerta em relação ao escoamento das águas. Isso se dá devido ao fato da Lagoa dos Patos desempenhar um papel crucial no escoamento das águas dos rios gaúchos, terminando no oceano, com Pelotas e Rio Grande abrigando a desembocadura dessas águas. Além disso, o Canal São Gonçalo, que atravessa a cidade, também contribui para o cenário de preocupação da comunidade.

 As projeções meteorológicas indicam que a região mais afetada continuará sendo aquela que abrange Pelotas. Durante a semana é previsto um volume considerável de chuvas, e todo esse quadro se agrava com os ventos em direção leste, que são desfavoráveis para a nossa região.

Além disso, a Prefeitura de Pelotas divulgou, em 24 de maio, um novo mapa com as áreas de risco atualizadas, enfatizando a necessidade de os moradores das áreas de risco ou das proximidades buscarem abrigo em locais seguros. Para atender às necessidades das pessoas em situação de vulnerabilidade e risco devido às enchentes em Pelotas, a Prefeitura está coordenando uma rede de assistência social.

Confira a última atualização do mapa clicando aqui

Redação: Luísa Brito 

Foto: Eduardo Menezes