O projeto “Moleques da Vila”, que existe há pelo menos 7 anos, possui categorias sub9, sub11, sub13, sub15 e uma categoria “adulta” cuja média de idade dos jogadores é 17 anos. A motivação inicial para criação do projeto foi envolver as crianças da comunidade em atividades saudáveis de lazer, já que, na época, a violência do Bairro Dunas de Pelotas era uma das mais altas do país.

O professor Leandro Rios, criador do projeto e principal treinador, diz crer que sua maior contribuição para a comunidade é conseguir afastar jovens da criminalidade. “Sou suspeito pra falar, mas acho que educar jovens através do esporte é uma boa iniciativa”.

“Já tive menino que era envolvido com o crime e graças ao projeto ele saiu, e já perdi, esse ano inclusive, um menino pro crime, e ele acabou falecendo, foi uma perda enorme […] porque pra mim é como se (eles) fossem filhos”, conta Leandro.

Os pré-requisitos para participar do projeto são ter uma boa frequência escolar e não falar palavrões durante treinos, jogos e demais atividades, o que, segundo Leandro, é o mais difícil de se fazer cumprir, principalmente entre as crianças mais novas.

Hoje em dia ele conta com o auxílio dos filhos, mas o maior desafio do projeto, segundo Leandro, é a falta de financiamento para a manutenção das atividades, e principalmente para os deslocamentos para campeonatos e torneios.

Berenice e Débora, mães de dois meninos que jogam na categoria sub9 fazem parte da diretoria do projeto, formada recentemente. A diretoria se responsabiliza por tarefas burocráticas e pela organização de excursões, por exemplo.

São assumidas por Berenice e Débora atividades como envio dos pedidos de autorização para os demais responsáveis, negociação com empresas de transporte, aluguel de veículos e arrecadação de fundos para o custeio.

Berenice Maurente concorda, e diz achar as atividades do “Moleques da Vila” fundamentais para o desenvolvimento das crianças “até pelo tempo ocioso que têm”. Ela conta que ela e o filho não moram no bairro Dunas, e que descobriram o projeto por acaso, há cerca de três meses. “Acabei me envolvendo de uma maneira que acabei entrando na diretoria, de tanto que eu acredito no projeto. Trabalhos sociais sempre são bem-vindos”.

Samuel, filho de Berenice, fazia parte da escolinha de futebol do Esporte Clube Pelotas, mas ele e a mãe optaram pela mudança para a escolinha comunitária, por se sentirem mais à vontade e até mesmo mais “felizes”, segundo eles.

No momento, o projeto está arrecadando fundos para custear a participação nos campeonatos Copa Cruzeiro e Taça Pelotas.

Fonte: Assessoria de Imprensa do vereador Jurandir Silva