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Festival Levante: evento exibiu curta-metragens de todo país no Cine UFPel

Festival Levante: evento exibiu curta-metragens de todo país no Cine UFPel

Com cinco dias de programação, proporcionou a aproximação entre alunos dos cursos de audiovisual da UFPel com obras do cinema nacional


Entre os dias 19 e 23 de agosto o Festival Levante ocupou as instalações do Cine UFPel. Organizado pela produtora audiovisual Mutirão Filmes desde 2021, o festival proporcionou uma imersão completa no universo do cinema, com exibições de curta-metragens, oficinas e rodas de conversa. A iniciativa visa promover a troca de experiências e oferecer à comunidade uma aproximação ao cinema brasileiro, além de fomentar a valorização da produção audiovisual nacional.

O Festival Levante é um projeto que começou no ano de 2021 sob a organização de Rubens Anzolin e João Fernando Chagas. A primeira edição aconteceu de maneira online em razão do período pandêmico que se enfrentava na época. Com financiamento a partir da lei Aldir Blanc, Rubens conta que viu em 2020 a oportunidade de criar em Pelotas um evento que desse espaço para obras brasileiras que não tinham lugar em outros festivais de cinema.

Desde então, o projeto passou dois anos sem ter novas edições até chegar em 2024. Neste ano ocorreu a primeira edição presencial, que recebeu 447 inscrições de produções de todo o país. O processo de curadoria dos filmes contou com uma comissão formada por egressos da UFPel dos cursos de animação, cinema e audiovisual, conta Rubens. Ao todo, foram exibidas 40 obras de diversos estados do país no Cine UFPel, um espaço público oferecido pela universidade em parceria com os cursos de cinema.

Rubens conta que o festival é uma forma de aproximar a comunidade acadêmica de uma produção contemporânea em que ela possa, também, espelhar um futuro para aqueles que acompanharam o evento. “A gente está tentando, aos poucos, alavancar, botar um grãozinho de areia no espaço artístico daqui da cidade. E esse contato com o curso de cinema, de onde a gente saiu, também é muito bom, porque ajuda a trazer público e a gente ajuda a melhorar e engrandecer ainda mais a formação dos alunos, dos professores, dos profissionais”, complementa.

Em uma mostra que aconteceu durante cinco dias, o festival foi dividido em três eixos. O primeiro foi a Mostra Levante, considerada a principal competitiva do evento e que teve quatro sessões. O segundo eixo foi a Mostra Universitária, dedicada especialmente para produções feitas por universitário de todo o país. O terceiro eixo foi a Mostra Animada que, como o próprio nome diz, trouxe um recorte da animação de invenção feita ao redor do Brasil.

A programação iniciou na segunda-feira (19), com a apresentação de Lucas Honorato e a exibição da primeira sessão da Mostra Levante. Nos quatro dias seguintes, sempre às 14 horas, foram realizadas oficinas gratuitas. Nas terças e quartas-feiras (20 e 21), o tema foi “Produção Audiovisual Criativa: do Financiamento à Prestação de Contas”. Já nas quintas e sextas-feiras (22 e 23), as oficinas abordaram “Do Animatic à Composição de Animações”.

Rubens também destaca que a expectativa em relação à mostra é que os alunos ampliem seus conhecimentos sobre o que acontece fora da região: “Têm muitos alunos que não são daqui, mas que a formação e a prática artística se dá aqui. E então a gente espera poder, de várias formas, proporcionar encontros, proporcionar contatos com esse campo exterior”.

Por fim, ele comenta sobre as dificuldades em levar a arte regional para fora e como é gratificante quando é possível fazer a aproximação de diferentes eixos em um mesmo espaço. “É sempre bom lembrar: a gente está no extremo sul do Rio Grande do Sul. É muito difícil [...] para que os nossos filmes, trabalhos, projetos, os nossos profissionais cheguem e tenham voz e espaço saindo daqui”.


Fonte: Em Pauta Web

Redação: Ridley Madrid

Imagem: Divulgação Festival Levante



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