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Google, Facebook e Twitter articulam nos bastidores para investigação da CPI não acentuar, diz mídia

Google, Facebook e Twitter articulam nos bastidores para investigação da CPI não acentuar, diz mídia

Representantes do Google, Facebook e Twitter estão articulando nos bastidores para sair do alvo da CPI da Covid, e vêm procurando senadores discretamente com a intenção de evitar medidas negativas à imagem, como a convocação de seus executivos e quebra de sigilos, segundo o jornal O Globo.

De acordo com a mídia, tradicionalmente, representantes de relações institucionais das gigantes de tecnologia referidas são vistos circulando pelo Congresso. Entretanto, recentemente essa presença aumentou, com temor da CPI investigar de forma mais profunda a participação ou omissão dessas empresas no processo de disseminação de notícias falsas sobre a COVID-19.

Em meados de junho, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que convocaria as plataformas digitais para explicarem por que não bloqueiam e não tiram vídeos negacionistas do presidente, Jair Bolsonaro, de suas redes sociais, conforme noticiado.

Na época, Bolsonaro disse em uma live em uma de suas redes sociais que a contaminação pelo coronavírus é "mais eficaz" que as vacinas.

"Vamos convocar na CPI o Facebook e o YouTube para que eles respondam sobre a responsabilidade que possuem em reproduzir esse tipo de aberração", disse o senador.

Após anunciar a convocação, a mídia afirma que o senador Randolfe Rodrigues foi procurado pelas plataformas.

"Eles queriam trazer explicações. Dialoguei com um deles, mas disse que, lamentavelmente, a posição era irreversível. Acho que eles tentaram explicar, dar informações e, obviamente, evitar a convocação", afirmou Rodrigues.

Além do senador, o jornal relata que outros três parlamentares foram contactados por pessoas que falavam em nome das plataformas. Nas conversas, os emissários tentaram diminuir o alvoroço sobre as redes sociais na CPI apresentando pleitos e chegaram até a orientar os parlamentares sobre como formular requerimentos de informação.

As redes sociais estão na mira da CPI da Covid por permitirem que discursos negacionistas sobre a COVID-19 sejam compartilhadas por usuários, incluindo declarações do presidente Jair Bolsonaro

© Foto / Pixabay / Pixelkult

As redes sociais estão na mira da CPI da Covid por permitirem que discursos negacionistas sobre a COVID-19 sejam compartilhadas por usuários, incluindo declarações do presidente Jair Bolsonaro

Na tentativa de adotar uma política de "boa vizinhança", o Google, Facebook e Twitter têm tentado se aproximar da CPI e dar orientações aos integrantes, segundo a mídia.

No entanto, o surgimento de indícios de corrupção nas negociações de vacinas, levou os trabalhos da comissão para outra direção. Tanto é assim que os depoimentos dos representantes das referidas empresas, aprovados há quase um mês, ainda não foram marcados.

O jornal procurou as plataformas para ter possíveis esclarecimentos sobre essa "estratégia nos bastidores" de acalmar os "termômetros" da CPI diante das redes sociais.

O Google respondeu ao O Globo que no âmbito da CPI, a empresa "tem se dedicado a colaborar com os parlamentares, compartilhando informações sobre a atuação diante da pandemia da COVID-19" e sobre os "esforços de combate à desinformação".

O Facebook disse estar comprometido com o combate à desinformação e que trabalha para conectar as pessoas às informações confiáveis. "Temos colaborado com os pedidos da CPI por informações, e estamos à disposição para prestar esclarecimentos adicionais à comissão", disse a rede social em nota citado pelo jornal.

Já o Twitter, segundo a mídia, afirmou que está "à disposição para colaborar com os trabalhos da CPI dentro dos parâmetros legais", segundo a mídia. Entretanto, no dia 1º de julho, a rede social recusou compartilhar uma lista de contas excluídas após solicitação de membros da CPI da Covid para divulgação da mesma.

Fonte: Sputink News

Imagem: Sputink News


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