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Grito dos Excluídos: manifestações, em Pelotas, se deram no Kilombo Urbano Ocupação Canto de Conexão

Grito dos Excluídos: manifestações, em Pelotas, se deram no Kilombo Urbano Ocupação Canto de Conexão

O último sábado, dia 7 de setembro, marcou a 30ª Edição do Grito dos Excluídos. Com o lema “Vida em primeiro lugar: todas as formas de vida importam. Mas quem se importa?, as manifestações tomaram conta de todo o País, reforçando o objetivo central do movimento: tornar pública toda forma de injustiça e silenciamento da população em situação de vulnerabilidade social, dando voz à resistência popular.

Em Pelotas, o ato teve início com uma concentração no Kilombo Urbano Canto de Conexão, que fica localizado na zona portuária da cidade. A escolha do local é simbólica, já que, recentemente, foi alvo da especulação imobiliária. O prédio, que pertenceu à Marinha do Brasil, até a década de 1990, ainda encontra-se vinculado, oficialmente, à Capitania dos Portos, sofrendo um pedido de reintegração de posse movido por representantes da iniciativa privada, o que gerou uma grande mobilização da comunidade. Ocupado, desde 2017, o Kilombo, anteriormente, estava em estado de abandono, mas, hoje, tem viabilizado diversas ações voltadas à cultura, educação, saúde e alimentação saudável.

Referência da luta pela moradia, em Pelotas, o Kilombo Urbano Ocupação Canto de Conexão recebeu um bom número de manifestantes, neste sábado, promovendo uma caminhada em direção ao Quadrado, na região das Doquinhas, local onde foi dado um “abraço simbólico” no Rio São Gonçalo. Entre palavras de ordem, ressaltando que “todas as vidas importam” e questionando “quem se importa?”, os manifestantes entoaram canções como Para não dizer que falei das Flores, de Geraldo Vandré, e chamaram a atenção para importância das autoridades e dos governos investirem em políticas públicas voltadas às famílias que vivem nas regiões mais vulneráveis a eventos climáticos; como os ocorridos, em maio, no Rio Grande do Sul. Durante o ato, também foi ressaltado o papel dos movimentos sociais no acolhimento e suporte aos que mais sofreram com as enchentes na cidade de Pelotas.

Redação: Eduardo Menezes / SEEBPel

Foto: Fábio Cóssio / Outras Vozes


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