Ambos negam que houve ligação telefônica para tratar por antecipação da sentença do ex-jogador Robinho, condenado por estupro. E destacam também que não se conhecem

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, refutou em nota publicada no X (antigo Twitter) notícia do colunista de O Globo Lauro Jardim. Segundo a notícia, ela teria “pressionado” o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Francisco Falcão pela confirmação da sentença do ex-jogador Robinho, condenado por estupro na Itália.

“Janja gostaria de esclarecer que não realizou qualquer ligação ao Ministro Francisco Falcão, a quem sequer conhece, como reconhece o próprio Ministro em nota publicada, para interpelar sobre qualquer caso”, escreveu a primeira-dama. Ela também destacou que o jornalista ignorou sua manifestação na noite de ontem.

Também em nota, o ministro do STJ, por meio de sua assessoria de imprensa, esclareceu que não recebeu nenhum tipo de interferência. E nem ligação da primeira-dama, a quem sequer conhece. E acrescentou ainda que tinha seu voto relacionado ao caso Robinho pronto logo depois do carnaval.

A notícia, ontem (1º), repercutiu na Câmara Federal a ponto de a deputada bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) enviar ofício à Justiça contra a primeira-dama. O objetivo da parlamentar era acusar a primeira-dama de tráfico de influência, crime previsto no artigo 332 do Código Penal.

O ministro da Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República, Paulo Pimenta, também foi às redes sociais para desmentir o jornalista. “É uma grande mentira, covarde, para atacar alguém que não fez o que lhe acusaram. Fake News é crime. Hoje é o dia da mentira e os Bolsonaristas não falham. Se alimentam das mentiras, das fake news e da desinformação. ‘Surge’ uma falsa notícia de que @JanjaLula teria ligado para um ministro do STJ para tratar do caso do Robinho. Logo em seguida as redes do esgoto e seus seguidores adestrados passam a postar freneticamente essa mentira”, escreveu o titular da Secom na rede social X.

STJ homologa condenação na Itália

O caso do jogador Robinho é de condenação em última instância na Itália. E o STJ validou, em conformidade com a legislação brasileira, particularmente com o artigo 7° do Código Penal, a prisão de Robinho. Condenado na Itália a nove anos de reclusão, após o trânsito em julgado do processo, coube à Justiça brasileira homologar a decisão do país europeu, analisar o processo, as provas e confirmar a pena. Depois da decisão do STJ, ele foi preso em 21 de março.

Confira a íntegra da nota de Janja:

Como a minha nota enviada ao jornal ontem a noite foi ignorada, publico ela aqui: “Janja gostaria de esclarecer que não realizou qualquer ligação ao Ministro Francisco Falcão, a quem sequer conhece, como reconhece o próprio Ministro em nota publicada, para interpelar sobre qualquer caso. Mesmo após o Ministro desmentir a acusação feita pelo jornalista Lauro Jardim em sua coluna, o jornalista insiste em reafirmar a mentira, como se as palavras publicadas pelo Ministro em sua nota não valessem o suficiente. Deveria ser imprescindível aos jornalistas ter um cuidadoso trabalho de conferir fontes para evitar a propagação de fake news. Janja reforça publicamente a resposta do Ministro, reafirmando que não foi feita nenhuma ligação a ele.” ps: desculpe Jornalista, domingo eu estava em família celebrando a Páscoa e não preocupada em ler fake news que o senhor estava publicando.

Via: Rede Brasil Atual