A cidade como galeria: estudantes ocupam as ruas com arte que escapa dos museus e toca o cotidiano
Julho das Pretas reuniu ações antirracistas e feministas
Programação do mês destacou o protagonismo de mulheres negras com atividades culturais, debates e mobilização coletiva
Com uma agenda construída de forma colaborativa entre poder público e movimentos sociais, o Julho das Pretas promoveu em Pelotas um mês de atividades voltadas à valorização da luta das mulheres negras. A programação fez referência ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, celebrado em 25 de julho, e reuniu ações em diferentes regiões da cidade.
De acordo com as secretarias de Igualdade Racial (SMIR) e de Políticas para as Mulheres (SMPM), a articulação entre 19 entidades — entre coletivos, universidades e organizações da sociedade civil — foi decisiva para a realização de um calendário sem sobreposições e com diversidade de temas e formatos.
Atividades ocuparam diferentes espaços da cidade
Entre os destaques da programação estiveram exposições, rodas de conversa, espetáculos e conferências. Foram realizadas, por exemplo, a Marcha de Mulheres Negras da Região Sul, a exposição “Pretas que educam, lutam e inspiram”, o painel “Mulheres Negras na História de Pelotas: Princesa Preta do Sul” e o espetáculo “Zaze-Zaze: uma festa para Vavó”.
O calendário também incluiu debates e encontros como o Ciclo Permanente de Atividades de Educação Antirracista da UFPel, rodas de conversa com mulheres quilombolas e a conferência “Sankofar – voltar à origem”, que discutiu a contribuição de Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva para a educação antirracista no Brasil.
Envolvimento institucional e comunitário
A organização do Julho das Pretas contou com a participação de instituições como o Coletivo Hildete Bahia (UFPel), Neabi IFSul/CAVG, UCPel-Neeprer, Odara (UFPel), Condim, CBTT, CMPTerPel, GAMP, a Secretaria Municipal de Educação e universidades da cidade.
Segundo as secretarias responsáveis, o modelo de construção coletiva será mantido para futuras edições, com o objetivo de ampliar o alcance e consolidar a agenda como um espaço permanente de articulação de políticas públicas voltadas à população negra.
Fonte: SMIR/SMPM
Imagem: Divulgação
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