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Ministério da Saúde inclui RS entre estados que receberão nova remessa de vacinas contra a dengue
O Ministério da Saúde anunciou, nesta quinta-feira (25), a inclusão do Rio Grande do Sul entre os estados que receberão nova remessa de doses da vacina contra a dengue. O estado vai receber 126 mil doses, distribuídas entre os municípios de Porto Alegre, Alvorada, Cachoeirinha, Glorinha, Gravataí e Viamão. O anúncio acontece na semana em que o RS atinge a marca de 100 mortes provocadas pela doença.
Os municípios escolhidos não estão entre os que registram mais casos e óbitos neste ano. São Leopoldo lidera em número de mortes, com 15 ao todo, e é o segundo com mais casos confirmados, um total de 8.294. Novo Hamburgo vem na sequência com 11 óbitos e é o terceiro com mais casos, um total de 8.271. Depois, com nove óbitos, está Santa Rosa, que lidera em número de casos, totalizando 10.298 pessoas com a doença neste ano.
A Nota Técnica do Ministério da Saúde explica que as distribuição das doses nos municípios foi determinada com base em três critérios principais: o ranqueamento das regiões de saúde e municípios, o quantitativo necessário de doses conforme a disponibilidade (prevista pelo fabricante) e o cálculo do total de doses a serem entregues em uma única remessa ao município.
Segundo o anunciado pelo ministério, serão contemplados 625 municípios em Alagoas, Ceará, Piauí, Rio Grande do Sul, Sergipe e Mato Grosso. Não foram divulgados prazos para o envio.
Recorde de mortes e casos de dengue no RS
O estado superou, nesta quarta-feira (24), a marca inédita de 100 óbitos em decorrência da doença, com o anúncio de mais cinco vítimas fatais, totalizando 102 mortes. Desde janeiro, 85.348 casos de dengue foram confirmados no RS, enquanto em todo o ano de 2022 foram 67,3 mil. Dos 497 municípios, 468 já tem registro da doença.
Os óbitos confirmados na quarta-feira são de uma mulher de 76 anos, de Rolante, ocorrido em 3 de abril; de um homem de 40 anos, de Santa Rosa, ocorrido em 4 de abril; de uma mulher de 49 anos, de Frederico Westphalen, ocorrido no dia 5; de um homem de 79 anos, de Tapera, registrado no dia 11; e de uma mulher de 89 anos, de Alvorada, ocorrido no dia 14.
Entre os primeiros 73 óbitos por dengue no Rio Grande do Sul em 2024, 73% deles foram de pessoas com 60 anos ou mais. A análise sobre o perfil das mortes pela doença no estado foi feita pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) e publicada pela Secretaria da Saúde (SES) em uma nota informativa no último dia 18.
“O Estado do Rio Grande do Sul está enfrentando uma epidemia de dengue. A taxa de incidência atual já chega a 838,9 casos por 100 mil habitantes, tendo ultrapassado todos os números de 2022, que foi o pior cenário epidemiológico registrado no RS até então. Até o momento, são 121.708 casos notificados, sendo 68.444 casos confirmados, 25.884 descartados e 73 óbitos confirmados”, destaca a nota .
Circulação viral e mudanças climáticas
Há pouco mais de uma semana o estado havia ultrapassado a marca histórica ao registrar 67 óbitos. Na ocasião o Brasil de Fato RS conversou com a diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs/RS), Tani Ranieri, e o virologista Fernando Spilk. A diretora reforçou que basta ter uma pessoa infectada para que haja transmissão da doença. “Quanto maior a circulação viral, mais pessoas serão infectadas. E quanto mais pessoas infectadas, maiores são as probabilidades de termos óbitos como desfechos", expôs.
Para o virologista Fernando Spilki, a situação no estado é reflexo local de um processo de alteração climática global, que está gerando uma endemização da dengue nos últimos três anos. "Com o mundo chegando a sequência de dez meses mais quentes registrados na história, nós temos um recorde de temperatura, mesmo com temperaturas um pouco mais baixas do que no alto do verão, para essa época do ano, final de março e abril. Todas as condições nos últimos três anos favorecem o desenvolvimento de surtos de dengue, e eles têm se realizado. A gente não tem por imaginar que essa situação vai se modificar para os anos seguintes e isso é bastante preocupante", avaliou.
Na reportagem tanto a diretora quanto o especialista alertaram sobre a situação da doença no mês de abril. De acordo com Tani, o número de óbitos sempre teve maior registro no mês de abril. "Acreditamos que ainda tenhamos um aumento nesses números durante o mês", pontuou
Principais sintomas:
febre alta (39°C a 40°C), com duração de dois a sete dias, dor retro-orbital (atrás dos olhos)
dor de cabeça
dor no corpo
dor nas articulações
mal-estar geral
náusea
vômito
diarreia
manchas vermelhas na pele, com ou sem coceira
Fonte: Brasil de Fato RS
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