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Morcegos não são vilões: como conviver com esses animais de forma segura

Morcegos não são vilões: como conviver com esses animais de forma segura

Eles aparecem ao entardecer, voam em silêncio e causam medo em muita gente. Mas os morcegos — comuns em Pelotas e especialmente na região do Capão do Leão — não são ameaça quando não são perturbados. Pelo contrário: prestam um serviço ambiental essencial. Controlam pragas, ajudam na regeneração de florestas e na polinização. A Universidade Federal de Pelotas (UFPel) orienta sobre como conviver com esses animais de forma segura e responsável.

Importância ecológica dos morcegos

De hábitos noturnos, muitas espécies de morcegos se alimentam de insetos — inclusive mosquitos transmissores de doenças e pragas agrícolas. Outras espécies são polinizadoras ou dispersam sementes, contribuindo diretamente para a biodiversidade.

“Eles ajudam a manter o equilíbrio dos ecossistemas e ainda reduzem o uso de agrotóxicos”, explica a professora Ana Rui, pesquisadora da UFPel e coordenadora de estudos sobre morcegos na região. “É importante desmistificar a imagem negativa desses animais.”

Quando há risco?

Embora morcegos possam ser hospedeiros naturais do vírus da raiva, não representam perigo quando não são tocados ou provocados. “Encontrar um morcego caído durante o dia pode indicar que ele está doente. Nesse caso, nunca se deve manusear o animal sem proteção”, orienta Ana Rui.

O que fazer em caso de contato ou presença em casa

– Evite tocar nos morcegos, mesmo que pareçam inofensivos;

– Mantenha portas e janelas fechadas ao anoitecer para impedir a entrada;

– Nunca permita que cães ou gatos se aproximem deles;

– Se for necessário retirar um morcego de um ambiente fechado, use luvas ou pano grosso;

– Em caso de mordida ou contato direto, lave o local com água e sabão e procure uma unidade de saúde.

Morcegos são protegidos por lei

Matar ou ferir morcegos é crime ambiental. Eles são protegidos por legislação federal, e também não é permitido destruir ou perturbar colônias — mesmo que estejam em áreas urbanas.

Desde 2020, a UFPel mantém no Campus Capão do Leão uma estrutura chamada “Casa dos Morcegos”, inspirada em abrigos usados em outros países. A construção ajuda a direcionar os animais para um local seguro, afastado das áreas de circulação humana. A iniciativa é parte de um esforço para promover a convivência equilibrada entre pessoas e fauna silvestre.

Para saber mais

As informações desta matéria foram reunidas com base em orientações da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), por meio da Coordenação de Saúde e Qualidade de Vida e do grupo de pesquisa sobre morcegos do Instituto de Biologia.

Dúvidas podem ser esclarecidas pelo Instagram @morcegos.extremosul ou pelos telefones da Vigilância Ambiental:

– Pelotas: (53) 99114-0546

– Capão do Leão: (53) 3275-1182


Fonte: UFPel

Imagem: Divulgação/UFPel


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