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Mudanças climáticas e disseminação de doenças entram em discussão na Fiocruz

Mudanças climáticas e disseminação de doenças entram em discussão na Fiocruz

Uma organização internacional de pesquisa e desenvolvimento chamada DNDi (Medicamentos para Doenças Negligenciadas) realiza na próxima terça-feira (28) o evento ’20 anos da DNDi: Soluções sustentáveis para desenvolver a melhor ciência para populações ainda negligenciadas’. Em pauta, estarão os impactos das mudanças climáticas na disseminação de doenças. Particularmente, patógenos tropicais negligenciados. A entidade tem como fundadores a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Médicos sem Fronteiras (MSF). O evento ocorrerá na sede da Fiocruz, no Rio de Janeiro.

O evento contará com a presença da ministra da Saúde, Nísia Trindade, que presidiu a Fiocruz durante a pandemia de covid-19. Durante sua gestão, ela fez firme defesa da ciência. Combateu o negacionismo e liderou a luta da sociedade por vacinas eficazes contra a doença. Como principal antagonista de sua luta por saúde, o grupo político do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) rejeitou a ciência e levou o Brasil ao maior caos sanitário de sua história.

Então, agora, o Brasil tenta refundar suas bases após tantos ataques daquele período. Os desafios da DNDi encontram eco no fortalecimento da saúde pública e do SUS. Trata-se de um tema de especial relevância, uma vez que as mudanças climáticas já mostra claros impactos no Brasil. Ondas de calor como nunca antes, temporais, tsunamis meteorológicos, ciclones consecutivos. Além disso, devastação e seca nas maiores florestas tropicais, Pantanal e Amazônia.

Doenças negligenciadas

Com a devastação de áreas verdes, é possível a explosão de surtos de doenças adormecidas, ou mesmo a disseminação massiva de vírus incidência local, como malária, zika e chikungunya. Então, para o debate, além da ministra, outros importantes nomes que tratam do tema estarão lá. “Participam do encontro Michel Lotrowska, presidente da DNDi América Latina; Sergio Sosa-Estani, diretor da DNDi América Latina; Mario Moreira, presidente da Fiocruz; Christos Christou, presidente internacional da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF); John Reeder, diretor do Programa Especial de Pesquisa e Treinamento em Doenças Tropicais (TDR), da OMS; Jorge Bermudez, pesquisador sênior e conselheiro da Fiocruz, entre outros especialistas nacionais e estrangeiros”, informa a Fiocruz.

Além das doenças tropicais relacionadas a arboviroses, existe uma série de outras enfermidades, como explica a Fiocruz. “Segundo a OMS, há cerca de 20 doenças negligenciadas, entre as quais leishmaniose, dengue, Chagas e hepatite C, que estão fora do clássico sistema de P&D de medicamentos ou recebem pouco investimento para inovação e descoberta de terapias mais eficazes. Por causa disso, os tratamentos, quando disponíveis, causam fortes efeitos colaterais, têm eficácia limitada e são longos”.

Serviço

As inscrições estão disponíveis no site www.dndi20.com.br. O evento está previsto para todo o dia da próxima terça, das 8h às 17h10, no Auditório Biomanguinhos, que fica no Prédio Napa, na Avenida Brasil, 4365, Rio de Janeiro. Confira a programação:

8h-9h – Credenciamento

9h-10h – Cerimônia de abertura

10h-11h – Sessão 1: 20 Anos de conquistas e desafios em inovação e acesso à saúde

11h-11h30 – Coffee-break

11h30-12h40 – Sessão 2: Desafios atuais e futuros da inovação e do acesso à tratamentos para populações negligenciadas

12h45-14h15 – Almoço

14h15-15h30 – Sessão 3: Sustentabilidade financeira da P&D de tratamentos para doenças negligenciadas.

15h30-16h – Coffee-break

16h00-17h – Sessão 4: Transformações emergentes na saúde global: como impactam nossas agendas de inovação?

16h50-17h10 – Sessão 5: Encerramento

Fonte: RBA


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