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Nota sobre o segundo turno das eleições; manifesto pela democracia e pelo direito ás nossas (r)existências

Nota sobre o segundo turno das eleições; manifesto pela democracia e pelo direito ás nossas (r)existências

Temos nesta mandata executiva do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Pelotas, biênio 2023-2025, o hábito de exercitar a memória e o respeito à história e tradição das lutas de todas que vieram antes de nós e da nossa própria, que já estamos em nossos lugares de fala, fazer e lutar há um bom tempo.

Lembramos, então, da nossa posse, agosto 2023, de uma carta apresentada e entregue em mãos à prefeita Paula Mascarenhas onde indicamos a criação da Secretaria das Mulheres, meses após a criação do Ministério das Mulheres e da posse da Ministra Cida Gonçalves, e do estabelecimento da existência da secretaria em estados e municípios como condição para acessar projetos e verbas públicas destinadas às mulheres.

Então, neste momento, em que apenas uma das candidaturas presentes no segundo turno das eleições municipais de 2024 se compromete com a criação desta secretaria — o que significa se comprometer com todas as políticas públicas para as mulheres e também com uma política global antimisógina, antirracista, anti-LGBTQIAPN+fóbica e anticapacitista transversal a todo o governo — é com esta candidatura que estabelecemos debate e compromisso, porque falamos sobre o concreto, sobre a realidade das nossas vidas, exploração e opressões.

Não é uma indicação de voto — embora possa ser interpretada assim —, é o estabelecimento do debate sobre novos parâmetros de diálogo e escuta, em que afirmamos que mais do que apontar um caminho, é uma exigência não apenas deste Conselho, mas (já) do conjunto e da diversidade das mulheres desta cidade.

Dito isso, salientamos que não é a Secretaria da Mulher, no singular, mas a SECRETARIA DAS MULHERES, contemplando a pluridiversidade que constitui a maioria da população deste município, estado e país. E que não é apenas isso, mas o estabelecimento do critério mínimo de paridade de gênero e raça na composição do governo.

A partir destes compromissos, temos um diálogo e a indicação de um caminho, que não poderia ser outro senão o de enfrentamento ao fascismo e à extrema direita. A luta pela democracia é uma luta das mulheres tanto quanto a luta pela memória e pelo direito às nossas (r)existências.


Leia a declaração na íntegra clicando aqui.


Coluna escrita por: Conselho Municipal dos Direitos da Mulher


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