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‘O Rio Grande do Sul vive uma distopia’, diz ministro dos Direitos Humanos
Na tarde de ontem (9), o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, participou de uma reunião no Palácio da Justiça com representantes do sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente do Rio Grande do Sul. No encontro, o ministro se comprometeu em “não medir esforços” para auxiliar o estado.
“Quando pousamos em Canoas, vi um cenário de devastação”, relatou Almeida. “O que estamos vivendo aqui é uma distopia, parece que é um pesadelo. Fica difícil processar isso, então ainda estamos reagindo. No final da história toda, será um momento de reconstrução”. A Defesa Civil do estado já contabiliza 107 mortes e 136 pessoas desaparecidas em decorrência da enchente. No total, 438 municípios já foram atingidos e mais de 67 mil pessoas precisaram ir para abrigos.
“Estou usando as palavras do presidente Lula: não vamos medir esforços para ajudar o povo a reconstituir suas vidas. Não podemos deixar o RS perecer, porque se o RS perecer, perece o Brasil de uma maneira geral. Temos aqui um compromisso”, afirmou o ministro.
O governo federal anunciou, nesta quinta-feira (9), um conjunto de medidas que deve injetar R$ 50,9 bilhões na economia do Rio Grande do Sul. A antecipação de benefícios, a estruturação de projetos de logística e infraestrutura e, principalmente, o aporte de recursos para alavancar e subvencionar o crédito estão entre as ações. Em apresentação no Palácio do Planalto, o presidente Lula explicou que esses são recursos iniciais. “Isso não termina aqui. Eu tenho dito aos ministros que nós temos que nos preparar porque a gente vai ter o tamanho da grandeza dos problemas quando a água baixar e quando os rios voltarem à normalidade”, disse Lula.
Almeida veio ao estado acompanhado de mais dois ministros: Wellington Dias, do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; e Juscelino Filho, das Comunicações, que busca restabelecer a rede de telecomunicações do estado. No auditório do Palácio da Justiça, onde ocorreu a reunião, não havia sinal de celular, assim como em boa parte do Centro Histórico.
“Os grupos mais vulneráveis – crianças e adolescentes, pessoas em situação de rua, pessoas com deficiência, idosos e pessoas que cumprem pena – diante de uma tragédia como essa, são as mais atingidos”, destacou Almeida. “Temos que ser solidários, porque o baque emocional de tudo isso é muito violento. E talvez a gente só vá sentir isso depois que as coisas começarem a se colocar num patamar de reconstrução. Vamos passar da fase de salvar vidas para a fase da reconstrução, e essa fase vai ser mais difícil”, disse o ministro.
Fonte: Sul 21
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