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Observatório Nosotras (UCPel) analisa dados sobre violência contra a mulher

Observatório Nosotras (UCPel) analisa dados sobre violência contra a mulher

Dando sequência à serie de matérias sobre o mês da mulher e a pauta prioritária dos movimentos de mulheres, o Observatório Nosotras recorda dados apurados durante os últimos anos. As estatísticas demonstram que a cada duas horas uma mulher é morta no país, num total de 4.519 assassinatos por ano, segundo dados do Atlas da Violência (IPEA, 2020). Trazendo para o contexto das cidades participantes dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul (COREDE-SUL), em 2023 tivemos três feminicídios consumados, seis tentados, além de 79 casos de estupros, 843 de lesões corporais e 1224 ameaças, de acordo com dados do Boletim do Observatório Nosotras que pode ser acessado na página do projeto.

Nesses dois primeiros meses de 2024, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul (SSP-RS) atualizados em 04 de março deste ano, da região do COREDE-SUL, Pelotas teve um feminicídio tentado no mês de fevereiro, enquanto Pinheiro Machado e Rio Grande tiveram um feminicídio consumado cada, ambos no mês de janeiro. Ainda segundo a SSP-RS, este ano, que recém iniciou, já há um total de 18 feminicídios consumados e 37 tentados no Estado. O grupo discute a urgência da criação de políticas públicas para prevenção e combate, que contribuam também para a construção de uma contracultura àquela que assegura a superioridade do homem e, portanto, coloca a mulher como posse.

O grupo de extensão produzirá mais um infográfico semestral para 2024, a pedidos do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher e da Procuradoria da Mulher, a fim de fornecer uma síntese com objetividade e cientificidade, que possa contribuir para que o município de Pelotas consiga ter uma rede de proteção à mulher, que seja efetiva e eficiente.

Docente do Programa de Pós Graduação em Política Social e Direitos Humanos da UCPel, Vini Rabassa, comenta sobre a produção das pesquisas: “A divulgação destes dados para a comunidade é um alerta. Esperamos que oferecendo de semestre em semestre os dados especificamente da nossa região e traçando um paralelo com os dados anteriores, o Observatório consiga contribuir para que os gestores de políticas públicas se atentem ao fato da violência contra as mulheres e repensem as políticas públicas existentes”, comenta. 

Fonte: UCPel


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