Uma a cada oito mulheres vai ter câncer de mama no Brasil. O dado é destacado pela médica mastologista Raissa Stigger Marques, do Hospital Escola da UFPel/Ebserh, que falou nesta terça-feira (15/10) ao programa Edição da Manhã da RádioCom. A campanha Outubro Rosa se repete a cada ano, mas sempre preservando a importância de ser um momento para conscientizar as mulheres da relevância de fazer diagnóstico precoce. “É importante para a gente conscientizar, fazer as mulheres refletirem, acender aquele alerta vermelho de que está na hora para quem não estiver com os exames em dia. Afinal de conta a gente está falando do câncer que é o mais prevalente, depois do tumor de pele não melanoma, e o que mais mata mulheres no Brasil”, disse a médica.

​A mamografia continua sendo o exame mais recomendável para o diagnóstico do câncer de mama. Os demais exames são complementares – incluindo o autoexame, que ultimamente tem gerado controvérsias. “O autoexame é importante para a mulher se conhecer, mas ele não exclui a mamografia. O problema do autoexame é que muitas mulheres se examinam, como não sentem nada de diferente, então acham que não precisam fazer a mamografia. É por isso que o autoexame virou controverso. O único exame que reduz a mortalidade é a mamografia”, explicou Raissa Stigger.

​A médica mastologista destacou a importância de atenção para os hábitos de vida como forma de prevenir o surgimento do câncer de mama. “Cerca de 25% dos cânceres de mama poderiam ser evitados com mudanças no hábito de vida. É muito importante, principalmente na fase pós menopausa, fazendo o controle de peso, porque a obesidade é um fator de risco; tabagismo – até para as mulheres que já tiveram câncer de mama, mas continuaram fumando, as chances de recidiva é maior e índice de mortalidade também é mais alto; o consumo de bebida alcóolica é também um fator de risco; e praticar atividade física com regularidade pelo menos três vezes por semana”, completou.

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Fonte: RádioCom/ Caldenei Gomes 

Imagem: Youtube RádioCom