Mais Recentes :

Projeto homenageia Sambinha e leva cultura negra às periferias, quilombos e escolas de Pelotas

Projeto homenageia Sambinha e leva cultura negra às periferias, quilombos e escolas de Pelotas

HQ, oficinas, rodas de conversa e visitas a comunidades integram atividades até outubro; lançamento será nos dias 5 e 6 de junho

Um novo projeto cultural vai percorrer Pelotas com ações que valorizam a memória negra e celebram a trajetória de Rubens Gilberto Cardoso Santos, o Sambinha — figura marcante do carnaval, da música e da vida comunitária da cidade entre as décadas de 1950 e 1970. Com o título “Sambinha, um ilustre desconhecido! O memorial das coisas ausentes”, a iniciativa tem lançamento oficial marcado para os dias 5 e 6 de junho, no Bistrô da Casa Dois (Secult), na Praça Coronel Pedro Osório, 2.

As atividades incluem oficinas, palestras, rodas de conversa e visitas a quilombos urbanos e rurais, comunidades ribeirinhas e bairros da periferia. Também será lançada uma HQ com a história de vida de Sambinha e um catálogo com imagens, registros e desenhos produzidos ao longo do projeto. Todo o material será distribuído gratuitamente em escolas públicas, terreiros, bibliotecas, clubes negros, quilombos e espaços culturais.

Resgate da memória e circulação nas comunidades

O projeto foi idealizado por Maria de Fátima Duarte Santos e Jonas Fernando Santos — filho de Sambinha — e é financiado pela Política Nacional Aldir Blanc (Pnab) e pelo Pró-Cultura RS, com apoio institucional da Secretaria de Cultura de Pelotas (Secult). A proposta busca estimular o diálogo entre juventude, cultura negra e patrimônio material e imaterial da cidade.

A abertura oficial será no dia 5 de junho, às 19h, com apresentação da programação. No dia seguinte, 6 de junho, acontecem oficinas sobre Memória e Patrimônio, ministradas por Jonas Santos, em dois horários: das 14h às 15h30 e das 16h às 17h30.

Quem foi Sambinha

Rubens Gilberto Cardoso Santos nasceu em 1938, em um quilombo de Piratini, e mudou-se com a família para Pelotas nos anos 1940. Viveu nas periferias da cidade, onde enfrentou o racismo e as privações, e se destacou como ativista cultural. Mesmo trabalhando como catador, operário, vigia e mestre de obras para sustentar a família, foi figura-chave na criação de clubes de futebol, escolas de samba e clubes sociais negros. Também construiu instrumentos de percussão, cantou e organizou ensaios de carnaval.

Morreu em 1979, aos 41 anos, vítima de câncer de garganta. Seu legado, até hoje pouco reconhecido oficialmente, passa a ser relembrado e valorizado por meio do projeto.


Serviço

O que é: Projeto Sambinha, um ilustre desconhecido! O memorial das coisas ausentes

Abertura oficial: 5 de junho, às 19h

Oficinas sobre Memória e Patrimônio: 6 de junho, às 14h e 16h

Onde: Bistrô da Secult – Casa Dois (Praça Coronel Pedro Osório, 2)

Atividades previstas até outubro: HQ, catálogo, rodas de conversa, visitas a quilombos, oficinas e circulação em comunidades


Fonte: Prefeitura de Pelotas

Imagem: Divulgação/SMS


0 comentários

Adicionar Comentário

Anunciantes

Envie sua notícia