Violência contra mulher negra: maioria dos casos começa na juventude
Quem atrapalha a educação é a intolerância e o preconceito, ministro Milton Ribeiro
Na Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, o ministro da educação, Milton Ribeiro, reafirma seu preconceito ao dizer que crianças com deficiência que estudam em escolas públicas têm um grau que as impossibilita de conviver com outros alunos. Anteriormente, em entrevista à TV Brasil, ele já havia declarado que “há crianças com grau de deficiência que é impossível a convivência”.
Também insiste em usar o termo “inclusivismo”, que ele mesmo criou, e afirma que os educadores não têm a capacitação necessária.
Os preconceitos em série manifestados pelo ministro resumem as propostas segregacionistas do governo Bolsonaro, que tenta impor o decreto federal nº 10.502, com o intuito de criar a nova Política Nacional de Educação Especial (PNEE) e permite que as escolas regulares decidem se querem ou não atender crianças e jovens com com algum tipo de deficiência.
Ou seja, vai na contramão da construção de uma sociedade mais justa e igualitária, presente no Plano Nacional de Educação (PNE), fruto de uma construção da sociedade civil alinhada com a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Ribeiro deixa claro seu desconhecimento e inabilidade para ocupar o cargo. Desconhece, por exemplo, que a escola é fundamental para a inclusão social, pois vai muito além do conteúdo. É um local de troca de experiências para saber lidar com as diferenças e limitações, exercer a empatia e desenvolver habilidades que um lugar restritivo não proporciona.
A educação é direito de todos e nesse “todos” não cabe exceção ou condicionantes. Se alguém não se beneficia de determinada escola regular, cabe ao poder público mudar a escola e não segregar pessoas.
Construir um mundo mais justo para todas as pessoas passa, necessariamente, pelo encontro com a diferença na escola.
Ministro, quem atrapalha a educação é a intolerância e o preconceito!
O CPERS repudia as falas discriminatórias e excludentes do ministro, que deixam claro que a destruição da educação é um projeto do governo Bolsonaro.
O Sindicato reforça seu compromisso em defesa de uma educação pública, democrática, gratuita, de qualidade e com acesso de todas e todos. E conclama a categoria e toda a sociedade para denunciar, resistir e derrotar a política de Bolsonaro e Ribeiro.
Redação- CPERS
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