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Quem votar não volta: CPERS e FSP realizam ato em Santa Cruz do Sul contra a Reforma Administrativa

Quem votar não volta: CPERS e FSP realizam ato em Santa Cruz do Sul contra a Reforma Administrativa

O CPERS, junto com a Frente dos Servidores Públicos do RS (FSP), esteve em Santa Cruz do Sul, base eleitoral do deputado federal Marcelo Moraes (PTB), para pressioná-lo a votar contra a PEC 32/2020 – Reforma Administrativa.

O ato foi realizado na Praça Getúlio Vargas, que fica em frente ao escritório político do parlamentar, um dos deputados gaúchos que integram a Comissão Especial da PEC 32.

Representações de servidores públicos das esferas municipais, estaduais e federais, entidades, sindicatos e centrais formaram o grupo que denunciou as brutais consequências que a Reforma Administrativa traz aos servidores e a população.

A presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, ressaltou que é necessário esclarecer que a PEC 32, que privatiza a educação e a saúde, é uma proposta do presidente Jair Bolsonaro. “Temos que dar nome aos bois, pois têm muitos servidores que ainda apoiam Bolsonaro. Essa proposta será estendida aos municípios e não serão apenas os servidores que serão atacados. As pessoas que mais precisam do serviço público ficarão desassistidas”, observou.

“Nessa pandemia, o SUS salvou inúmeras vidas. Infelizmente, perdemos mais de 600 mil vidas. Mas se não fosse a saúde pública, seriam muito mais”, explicou.

Helenir lembrou ainda que devido a lei das organizações sociais, aprovada no governo de Germano Rigotto, a privatização das escolas públicas poderá ocorrer rapidamente. “Aqui já tem lei para isso. Então, a privatização será mais ágil.”

Outro ponto importante destacado pela presidente do sindicato foi o fim da paridade aos aposentados, caso a proposta seja aprovada. “A PEC propõe o fim da paridade, significa que o governo municipal, estadual ou federal poderá dar reajuste para os da ativa e não dar para os aposentados.”

Helenir conclamou a todos para esclarecerem ao máximo de pessoas, o que, de fato, significa a Reforma Administrativa. “Temos que sair daqui com a responsabilidade de dizer quais serão as consequências se a PEC for aprovada. Temos que cobrar do Marcelo Moraes seu voto contra o relatório. Se votar a favor, não volta ao Congresso em 2022.”

” No próximo dia 7, Bolsonaro chama para um golpe de estado, nós temos que estar nas ruas para dizer não e, em 2022, mandar Bolsonaro e Leite para casa”, convocou.

Marcelo Carlini, representante da CUT/RS, atentou para o fato de a proposta abrir caminho para o apadrinhamento político em cargos públicos. “A PEC permite a entrada no serviço público sem concurso. Abre caminho para contratação de pessoas apadrinhadas por políticos sem compromisso com a qualidade do serviço prestado.”

“Os legisladores estão surfando nessa onda pra colher os frutos do suor do povo. Esse é um projeto de governo para poucos. É preciso de uma forte reação”, salientou o representante do Sindbancários, João Carlos Heissler.

Luiz Queiros, presidente do sindicato dos municipários, chamou a atenção para os serviços que não serão mais disponibilizados à população. “Todo o contingente que dá a assistência tão necessária à sociedade, está sendo ameaçado de extinção. Querem destruir o serviço público em âmbito municipal, estadual e federal.”

“A PEC 32 sempre foi para privatizar, terceirizar e precarizar os serviços públicos. O servidor estável pode perder a estabilidade por medidas muito simplificadas”, alertou a diretora do Sintrajufe, Arlene Barcellos.

Pablo Tadeu Pereira da Silva, do Sintergs, ressaltou a importância de conscientizar o funcionalismo público e a população sobre a retirada de direitos. “Muitos colegas ainda não sabem o que a PEC representa. Essa reforma não reforma nada, serve apenas para tirar direitos dos trabalhadores e do povo, que ficará desassistido.”

Além do ato, o CPERS também realizou uma série de agendas na região. Foram concedidas entrevistas em rádios locais e a tesoureira do CPERS, Rosane Zan e os diretores Cássio Ritter, Sônia Solange Viana, Juçara Borges e Carla Cassais visitaram escolas para explicar sobre os riscos da reforma e a importância da luta pela reposição salarial da categoria. Os diretores de núcleo, Luiz Henrique Becker (14º) e Eloede Maria Conzatti (8º) também acompanharam as agendas.

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