Servidora de carreira há 14 anos na área da assistência social, com passagem por várias funções da Secretaria de Assistência Social (SAS), Raquel Nebel responde interinamente pelo comando da pasta neste final do governo de Paula Mascarenhas (PSDB) e foi anunciada como titular a partir de 1º de janeiro de 2025 na equipe do prefeito eleito Fernando Marroni (PT). Conhecedora da estrutura da secretaria – sua alta demanda, carências de recursos e de profissionais -, Raquel falou ao programa Edição da Manhã da RádioCom nesta quinta-feira (12/12).

 Raquel Nebel confessou que ficou surpresa com o convite para integrar o novo governo. Inicialmente ela havia sido “escalada” para formar a equipe de transição na assistência social. No seu entender, o conhecimento da estrutura da secretaria representa uma vantagem: “Contribui por eu conhecer a gestão, conhecer a situação financeira – como se organiza o orçamento, com os recursos federais e estaduais -; como acontecem as emendas parlamentares, agora tem as emendas impositivas; o relacionamento com as Organizações da Comunidade Civil (OSCs), que são parceiras e executam grande parte do trabalho, porque a prefeitura não tem “pernas” para realizar; por ter trabalhado nos CRAS (Centros de Referência da Assistência Social), fazendo atendimento de ponta; e a aproximação com a equipe técnica e com todos os servidores, já que é um trabalho de equipe”, apontou.

 Entre as carências da SAS, Raquel ressaltou a equipe reduzida como o principal desafio a ser enfrentado, especialmente para atender a população de locais mais distantes da região urbana da cidade. “Nós não temos uma equipe volante. Antes o município tinha mais recursos e nós conseguíamos ter técnicos a mais para atender essa expansão de serviços. Hoje nossa equipe técnica reduziu muito. Deveriam ter quatro técnicos em cada CRAS, mas hoje tem apenas dois. Então fica difícil realizar o trabalho em outros territórios se nos próprios territórios dos CRAS não temos a equipe completa”, disse. Raquel citou o exemplo dos educadores sociais, pois foram chamados 40, mas por enquanto apenas 16 foram contratados. Esse chamamento atende a uma decisão judicial, que intimou o município, determinando imediato aumento do quadro de educadores sociais.

Sobre o futuro, Raquel Nebel revelou sua expectativa positiva: “Defendendo sempre a prefeita atual (Paula Mascarenhas), que cobrou sempre o afeto com as pessoas, o ato de acolher. Isso uma posição pessoal da Paula, mas não foi uma questão da gestão. Não foi uma política de governo. Agora o governo PT/PSOL me traz muita expectativa por ser a construção pela base, por ser um governo popular. Acredito que a tendência é de melhorar a vida das pessoas”, completou.

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Fonte: RadioCom / Por Caldenei Gomes 

Imagem: RadioCom