Baile na Praça Darci Pinho celebra cultura urbana com música e solidariedade neste domingo
Vereador Cauê Fuhro Souto rebate denúncia sobre emenda impositiva em live no Instagram
Na noite desta terça-feira (21), o vereador Cauê Fuhro Souto (PV) realizou uma live em seu perfil no Instagram para se manifestar sobre a denúncia veiculada pelo jornal A Hora do Sul, que apontou o destino de uma emenda impositiva de R$ 625,7 mil a uma associação supostamente presidida por seu irmão. Durante a transmissão, o parlamentar negou irregularidades, criticou a abordagem do veículo e classificou a matéria como sensacionalista e direcionada.
Cauê nega irregularidades e critica cobertura do jornal
O vereador iniciou a live destacando que as emendas impositivas são indicadas pelos parlamentares e aprovadas pelo plenário da Câmara, ressaltando que a destinação de recursos é um procedimento comum e legal. Segundo ele, a matéria veiculada teria sugerido equivocadamente que os valores já haviam sido pagos à associação, o que, segundo ele, não ocorreu.
“A denúncia e a investigação do jornal foram errôneas. Não existe absolutamente nenhum depósito. As emendas impositivas são aprovadas e a Prefeitura tem 120 dias para apontar qualquer erro antes da execução dos recursos”, afirmou.
Além disso, negou que seu irmão seja presidente da associação e afirmou que, mesmo que fosse, não haveria ilegalidade. O parlamentar citou diversos casos de políticos com relações com entidades beneficiadas por emendas, afirmando que isso é uma prática comum e permitida.
Objetivo das emendas e disponibilidade para esclarecimentos
Cauê sublinhou que a destinação dos recursos tinha como objetivo a reforma dos banheiros da Praça Coronel Pedro Osório e do Mercado Público, além de melhorias no Instituto Lar de Jesus, que atende crianças em situação de vulnerabilidade social. O vereador alegou que sua intenção era atender demandas antigas da população, e não favorecer qualquer entidade ligada a ele.
“Nosso único objetivo sempre foi melhorar a estrutura da cidade. Se houver qualquer problema documental, estamos à disposição para realocar a emenda para onde a Prefeitura considerar adequado”, pontuou.
O parlamentar também afirmou que entrou em contato com o Ministério Público para se colocar à disposição e ressaltou que, até aquele momento, não havia sido notificado sobre a abertura de inquérito civil.
Acusações de perseguição política
Em diversos momentos da transmissão, o vereador alegou que a denúncia contra ele faz parte de uma perseguição política, uma vez que sua atuação na fiscalização da gestão municipal incomodaria setores influentes da cidade. Ele mencionou investigações que já realizou contra irregularidades no Pronto Socorro de Pelotas e em outras áreas da administração pública, afirmando que sua postura independente na política tem incomodado adversários.
“Eu vivo a política diariamente. Sei que isso acontece porque estamos crescendo. Fomos de 667 votos para mais de 3.200. A política tem dessas coisas, mas quem não deve, não teme”, disse.
O vereador também sugeriu que o jornal teria interesse financeiro na denúncia e insinuou que a matéria poderia ter sido motivada por questões relacionadas à viabilidade econômica do veículo.
Desafios à Prefeitura e defesa da transparência
Durante a live, Cauê desafiou a Prefeitura a apontar qualquer erro nas emendas impositivas e cobrou respostas sobre questões estruturais da cidade, como a demora no pagamento do piso da enfermagem e a recusa da Prefeitura em aceitar a doação de um gerador para a Secretaria de Saúde. Segundo ele, o equipamento, que evitaria a perda de vacinas em caso de falta de energia, seria cedido pela mesma associação contemplada pela polêmica emenda impositiva, o que levantaria questionamentos sobre as motivações políticas da negativa do Executivo.
“O que mais me espanta é que a Prefeitura se recusa a aceitar um gerador que garantiria a segurança das vacinas. Isso é por briga política?”, questionou.
O vereador finalizou a transmissão reafirmando sua transparência e colocando seu gabinete à disposição para esclarecimentos. Ele também ironizou a publicação do jornal, pedindo que, se voltassem a publicar algo sobre ele, ao menos escolhessem uma foto melhor.
Próximos passos
Cauê garantiu que ingressará com uma ação judicial contra o jornal A Hora do Sul por considerar a matéria difamatória. Além disso, afirmou que continuará investigando e cobrando transparência na gestão municipal.
“Se tiver erro, que se corrija. Se não houver, que se esclareça. Mas não vamos aceitar mentiras. Meu compromisso é com a verdade e com a população”, finalizou.
0 comentários
Adicionar Comentário